A poderosa roadtrip do Maverick Clube do Brasil, que combina carros de São Pulo e cidades do interior paulista, com membros do Rio de Janeiro em Aparecida, começou bem cedo no sábado. Às 7 horas da manhã já se encontravam no primeiro posto de combustível, no KM 29 da Rodovia Ayrton Senna nada menos que vinte Mavericks, que também contavam com um Ford Galaxie e um Dodge Dart – e nós, no Ford Ka. Clima familiar, amizade e potência eram as marcas do início da viagem rumo à Basílica de Nossa Senhora de Aparecida, mas essa ainda era a primeira parada.
O Sol ainda era tímido quando iniciamos a peregrinação até o próximo ponto de encontro, numa rede de restaurantes à beira de estrada no KM 94 da Rodovia Carvalho Pinto, em São José dos Campos. Com todos os membros respeitando as leis de trânsito fizemos a segunda parada e mais Mavericks se juntaram ao grupo. Gente em voo solo, casais, famílias, amigos, pai com filha(o) guiavam seus bólidos rumo ao sagrado templo católico.
Infelizmente, por conta da quantidade de carros na Rodovia Carvalho Pinto, não conseguimos gravar os mais de vinte Mavericks passando pelos túneis juntos, mas deixo claro que a sinfonia foi em alto e bom som!
Com poucos problemas mecânicos durante a viagem, o comboio chegou em Aparecida por volta das 11 horas da manhã. Pouco tempo depois mais membros se juntaram e mais de trinta Mavericks estavam reunidos no grande estacionamento da Basílica – a essa hora o Sol já castigava quem estava presente.
Donos trocavam informações, tiravam fotos dos carros dos amigos e colocavam o papo em dia enquanto mais carros paravam enfileirados – somados os membros cariocas, cerca de 60 veículos estiveram presentes, entre eles, o LTD malvado do Sérgio, com freios de Stock Car, motor preparado e câmbio cinco marchas.
Nesse bate papo encontramos carros e histórias interessantes, como a de Antônio e seu filho, de Santo André. A alegria do rapaz contando que seu pai demorou mais de trinta anos para realizar seu sonho era contagiante. Há dois anos eles possuem um Maverick marrom, que ambos mostram com muito orgulho. Ou como Evandro, dono de um 74 superluxo, que adquiriu em 2001 por R$ 4 mil reais – hoje, uma pechincha. As condições não eram as melhores, apesar do carro não estar à época com pontos de ferrugem ou buracos. Pouco tempo depois, Evandro adquiriu uma Ranger 4.0 V6 num leilão por R$ 6 mil reais e vocês já imaginam o que ele fez.
Para os mais puristas, um swap como esse pode ser uma heresia, mas deixamos claro que estava bem feito. Apesar de moderno e mais econômico, o conjunto mecânico trouxe confiabilidade e mais desempenho em comparação com o original. Com muita gente elogiando o encaixe perfeito do novo motor, Evandro explicou que as primeiras impressões não foram boas. Por conta da altura das novas peças, que ficavam mais abaixo do que o projetado originalmente, a suspensão não trabalhava bem e os pneus rangiam andando em linha reta. Depois de apanhar muito, Evandro observou que, se baixasse o conjunto da suspensão na mesma proporção do conjunto mecânico moderno, os seus problemas poderiam acabar. Bingo! O carro ficou uma delícia de guiar – palavras do proprietário. Desde 2009, Evandro apenas curte o carro azul portela, num investimento total de R$ 38 mil reais.
Como na última edição que cobrimos, o que mais se destacou foi o clima de amizade e pessoas juntas pela mesma paixão.
Fica nosso agradecimento ao Rodrigo Lombardi pela ótima organização e pelo convite!
Confira a grande galeria com mais de 100 imagens!
Fotos:
Ricardo Varoli
Nelson Paliarussi