Finalmente o GHB seguirá sua fórmula “Carros+Metal=Mundo” e falar de metal, mas não perderam por esperar, pois vamos começar com o new/old school do Steelwing em sua viagem pelo mundo pós-apocalíptico.
Lord of The Wasteland
O álbum de estreia da banda sueca já começa bem pela capa, afinal, juntar Exterminador do Futuro, Mad Max e Judas Priest em um só lugar não é tarefa fácil, mas foi executada de forma genial, pelo, também, genial Ed Repika (capas clássicas do Death e Megadeth). Ao dar play, nota-se claramente que o Steelwing cresceu ouvindo o New Wave of the British Heavy Metal. Os riffs lembram uma ótima mistura de Iron Maiden, Judas Priest e Saxon. Esta crise de identidade não soa como uma cópia, mas sim como um produto original que viajou pelo tempo com a ajuda dos deuses do metal.
A primeira faixa, Enter the Wasteland, é anúncio do fim do mundo por uma sirene de ataque aéreo, em seguida, Headhunter tem riff principal lembrando algo dos 4 primeiros álbuns do Iron Maiden. Continuando, Roadkill é um tributo à série de filmes Mad Max para cantar o refrão “kill or be killed” socando o ar e lembrando de músicas do Judas Priest. A letra ainda é ótima com frases no espírito dos filmes como: “Your life no more worth to me, than a gallon of gasoline” (sua vida não vale mais para mim do que um galão de gasolina).

Robby Rockbag (guitarra), Nic Savage (baixo), Riley (vocal), Alex Vega (guitarra) e Oskar Åstedt (bateria)
Sentinel Hill diminui um pouco o ritmo para entrada de The Illusion que mostra todo o potencial da banda e é sem dúvida a melhor faixa do álbum. O vocalista Riley tem uma técnica excepcional e lança agudos de sangrar as orelhas. As guitarras de Alex Vega e Robby Rockbag trabalham muito bem juntas, enquanto o baixista Nic Savage cria frases com personalidade lembrando Steve Harris. Na bateria Oskar Åstedt, que deve ter um certificado de “vi todas as vídeo aulas do Scott Travis” pendurado na parede.
The Nighwatcher cria mais um personagem ao estilo Painkiller / Sentinel ao mundo do metal enquanto Under the Scarvenger Sun mostra um pouco do cotidiano da terra devastada. A próxima é Point of Singularity, que começa com uma cavalgada clássica na guitarra para agitar a cabeleira headbanger.
Fechando, Clash of to Tribes, conta um pouco de como o mundo acabou na visão da banda em um clima que lembra a série de vídeo game Fallout. Musicalmente, a faixa carrega todos os elementos de um heavy metal puro com vocais agudos, backing vocals em coro, “ooo-oh”s, guitarras progressivas com solos longos, baixo marcante, bateria complexa, enfim, ótimo!
Deixo o clip “The Illusion” com toda sua atmosfera brega (não que isso seja ruim) dos anos 80. E me digam se Robby Rockbag não é a versão sueca de Adrian Smith:
Aí sim. Finalmente Metal!!! Steelwing destrói.