O Brasil no GP da Hungria

Hungria - Hungaroring

Quem pensa que o Grande Prêmio da Hungria, disputado no Inferno de Dante circuito de Hungaroring, na capital, Budapeste é sem graça está completamente enganado, e muito. Principalmente em se tratando de brasileiros.
Vamos começar pelos fatos mais recentes, por que aqui nós trabalhamos com “Gran Finale”!

Barrichello – 2010

Hungria - Barrica

Em Hungaroring Rubinho fez história. E adivinha sobre quem? Há, ele mesmo! O alemão mais amado e odiado pelos brasileiros. Rubinho descontou o “hoje sim e hoje não” lá do longínquo grande prêmio da Áustria, em 2002.

A princípio era uma disputa por um modesto décimo lugar. Schumacher, de Mercedes (uma joça, à época), estava com pneus velhos e Rubens (de Williams, com os ultrapassados motores Cosworth) vinha muito rápido, com pneus novos. Mas, ao que parece as coisas se tornaram pessoais, e a cada volta que passava, Rubinho colava no alemão, até que se aproximaram demais na reta dos boxes e deu nisso…

A polêmica manobra do alemão foi punida com a perda de 10 posições no grid da próxima etapa, em Spa-Francochamps, na Bélgica. Rubinho, além de uma bela ultrapassagem, aproveitou e tirou uma lasca do ex-companheiro.

Ah! Ainda em 2002, naquele fátidico ano do “passa ou não passa na Áustria”, Barrica venceu de Ferrari na Hungria, com o alemão chegando em segundo, 4 décimos atrás.

Felipe Massa – 2009

Nos treinos para o GP de 2009, uma mola da suspensão traseira da Brawn GP de Rubens Barrichello se soltou e atingiu em cheio o capacete do piloto da Ferrari. Engenheiros já afirmaram que a mola solta do carro de Rubinho caiu sob o pneu traseiro esquerdo do bólido, aumentando a velocidade e força da peça que foi de encontro com Felipe, e fez um belo estrago!

Hungria - Massa

O Brasil tem seis vitórias na Hungria. Senna venceu três vezes: 1988, 1991 e 1992. Uma do Barrichello. Piquet duas: 1986 e 1987, mas vamos nos atentar apenas a primeira.

Piquet – 1986

Hungria - Piquet Senna 86

Não vamos nos alongar muito sobre este episódio. Todos sabemos como aconteceu, o que cada um fez, os gestos e tudo mais. Mas, sim, é sempre bom poder assistir a maior ultrapassagem de todos os tempos novamente. Piquet de Williams e Senna de Lotus. O primeiro numa super-máquina, o outro… com um dos mais belos modelos já fabricados.

Essa explicação do Senna para o Reginaldo no final do vídeo só atesta qual o nível da conversa deles depois da corrida. E digamos que foi um tanto quanto educada, certo?

 

 

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Sobre Nelson

Nelson Paliarussi é paulistano, jornalista e desde sempre alimenta uma paixão por carros e corridas, iniciada com o Bianco S ’78 que o pai guardava na garagem. Acompanha as corridas de Fórmula 1 desde os idos do acidente fatal de Ayrton Senna. É fã de Schumacher, Piquet e Ingo Hoffmann, além de admirar Bird Clemente, os Fittipaldis e toda a geração de ouro do automobilismo nacional. Em 2013 cobriu a etapa de São Paulo da Fórmula Indy, além de algumas edições do Salão do Automóvel em São Paulo e um punhado de eventos ligados ao culto automobilístico.