Em meio ao cheiro de etanol exalando dos carros parados nos boxes. Em meio ao sol escaldante sobre a capital. Em meio a tantas outras coisas, haviam máquinas. Belos carros, belas disputas… e belas imagens! Nós aqui do GHB separamos algumas fotos da prova mais emocionante da Indy no Anhembi.
Veja e aprecie sem moderação.
Àquele que não vê beleza nas silhuetas dos carros, no movimento realizado nas curvas, não entende de arte!
Arte esta que a cada curva, a cada escorregada, enche o brilho dos olhos daquela criança, que assiste o espetáculo junto de seu pai. No momento em que o bólido passa à sua frente, os pneus sibilam no ar, e o público, entusiasmado, vibra. E se há ultrapassagens perto da arquibancada, o júbilo da corrida desperta – Ah! é a melhor sensação para um gearhead. Uma ultrapassagem. À sua frente, feita por um piloto da casa. A conquista do primeiro lugar. A proximidade da vitória…
- Tony, rápido na reta da marginal…
- Põe por dentro na curva da Vitória…
- E leva a torcida a loucura!
É o tipo de imagem que fica na cabeça. A cena como um todo na verdade. Desde o vácuo na reta, a manobra para enganar o adversário e o “x” na entrada da curva. O sentimento apreensivo nesses décimos de segundo que passam a sua frente em câmera lenta, tomam conta de suas ações. A saída da curva, o carro tracionando, a traseira escapando… e finalmente a ultrapassagem se concretiza. Ufa! Um alívio. Sim, isso é um júbilo.
As coisas podem não dar certo. Voltas depois seu carro pode quebrar. Ou voltas antes, no início da prova, no momento de empolgação, seu possante te deixa na mão. Às vezes se chega ao final da corrida, com um sentimento de derrota, mas com a cabeça erguida, afinal, foi uma luta e tanto.
Mas o que vale mesmo é o espetáculo. Os carros bailam. Batem às vezes. Mas, impressionam qualquer um. Sua velocidade, mesmo que gravada em slow-motion, é uma venustidade aos olhos marejados de um gearhead. É como ouvir “Stairway to Heaven”, do Zeppelin, tocado por outra pessoa. Na verdade, esse som sempre é escutado como se fosse algo inédito, mesmo se for executado pelo quarteto inglês repetidas vezes. É uma coisa de louco – mesmo!
… Mas o especial não termina assim. Temos fotos. Muitas fotos. Pasmem!
Fotos:
Nelson Paliarussi