A F-Indy volta a São Paulo para a IV São Paulo Indy 300, corrida que acontece no próximo dia 5 nas ruas ao redor do Anhembi e que vai contar com nossa cobertura in loco.
Para falar um pouco da história no Brasil, a categoria chegou ao país em 1996, para correr no finado circuito oval de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Lá foram realizadas cinco provas, com uma única vitória nacional de André Ribeiro.
Em 2010 a prova passou para São Paulo, em um circuito de rua, que conta com uma enorme reta, passando pela avenida marginal do rio Tietê, e pelo Sambódromo do Anhembi.
Na primeira corrida paulistana ocorreram problemas, pois o piso liso por onde passam as escolas de samba no carnaval não possuía a aderência necessária para os carros potentes, que bizarramente, chegavam até a rodar na reta (estranho escrever isso). Foi necessário um trabalho pela madrugada para lixar o Sambódromo e os treinos foram adiados para a manhã de domingo, com os carros largando de tarde em meio a uma imensa nuvem de poeira.
No ano seguinte, a organização acertou, mas a chuva não ajudou. Um “dilúvio de Noé” castigou São Paulo, e para desespero de todos, a prova foi terminada só na segunda-feira, disputando lugar com o famoso trânsito da cidade.
Em 2012, tudo correu bem, não choveu e os pilotos elogiaram a pista, que atendeu a todos os pedidos de mudança solicitados. A prova conseguiu ainda mais atenção da imprensa porque Rubens Barrichello fazia sua primeira, e única, temporada na categoria, vindo da F1.
A Indy, em comparação com a Fórmula 1, tem vários pontos interessantes. Um deles é o grande equilíbrio entre os pilotos, pois os carros são praticamente iguais, com chassis Dallara DW12 (DW – homenagem ao falecido Dan Wheldon, morto em um grande acidente na corrida de Las Vegas de 2011).
Os motores, são Honda ou Chevrolet, V6 2.2 L Turbo, que chegam a 700 cv de potência, mesmo limitados a 12 mil RPM. O som ecoando nas ruas é bem diferente dos monopostos da F1 em Interlagos, e é bacana ouvir as turbinas agindo.
A maneira de pilotar também é diferente, bem mais agressiva. Toques e manobras que dariam punição na F1, são normais na Indy. Acidentes ocorrem com frequência, o que normalmente causa bandeira amarela em circuitos de rua, sem área de escape.
Talvez a maior das comparações esteja nos detalhes, na cultura das duas categorias. Enquanto a F1 tem um tom europeu, meio burocrático, a Indy tem todo o espetáculo norte americano. Isso aproxima mais os espectadores, com desfile dos pilotos em carro aberto, hinos sendo cantados antes da largada que é acompanhada de fogos de artificio e até caças da Força Aérea dando rasantes para delírio da arquibancada.
Para este ano, as expectativas são grandes, com nosso piloto Helio Castroneves liderando o campeonato e o japonês voador Takuma Sato embalado após a primeira vitória nipônica da categoria na última corrida, realizada no lendário circuito de Long Beach, nas ruas da Califórnia.
Também representando o automobilismo nacional, estarão presentes o experiente Tony Kannan e, lutando mais uma vez por um assento definitivo, Bia Figueiredo. Todos querendo cessar a invencibilidade do australiano Will Power, que venceu todas as corridas disputadas em São Paulo.
A prova começa a ser transmitida pela TV ao meio dia de domingo, mas o legal é ir ver ao vivo, e corra! Alguns setores já esgotaram. Não há mais ingressos para os setores C, H, K, L e para a arquibancada da curva da Vitória, que liga a marginal com o Sambódromo.
Os ingressos podem ser adquiridos pelo site www.tkt1.com.br, ou nos pontos de venda físicos, nas lojas Centauro de São Paulo nos Shoppings Tamboré, Eldorado, Center Norte, Bourbon e Anália Franco (horário: 12h às 19h) ou no Shopping Market Place (horário: 10h às 22h. Domingos e feriados a partir das 11h).
Também é possível comprar os ingressos diretamente nas bilheterias do Anhembi, sem a taxa de “conveniência”.
Os valores, bem mais suaves dos que o da F1, variam entre R$137,50 (meia entrada nos setores B, D, E, F, G e J), até R$900,00 (inteira do setor VIP). Os tickets dão direito ao treino de sábado.
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Abaixo, algumas fotos do ano passado:
- Vencedor de 2012, Will Power
- Carros passando pelo Sambódromo
- Troféus de segundo e terceiro colocados desenhados por Paulo Soláriz
- Tijolo original do Circuito de Indianapolis, curiosamente produzido na cidade de Brazil, Indiana, EUA
- Carro de Simona De Silvestro nos boxes, montados dentro do pavilhão de exposições
Nos encontramos lá!
Fotos:
Caetano Barreira / Fotoarena
Diego Boaventura / Reunion Press (ilustração)
Ricardo Varoli